quarta-feira, 6 de junho de 2012

Quando mudar é necessário


Viver intensamente sua Fé ...

Parte 1

A leitura era o passatempo predileto de Joefrey, este jovem que caminhava para os dezenove anos, já lera mais livros que a maioria de seus amigos e amigas “juntos”, somavam já uns setenta e seis livros, e isto fazia com primazia. Eram muitas horas dispensadas para a leitura, o jovem chegou a conhecer mais de cinquenta e três religiões, somente por curiosidade.
Soprava uma suave brisa na praia do futuro em Fortaleza, era fevereiro de 1984 e Joefrey queria refrescar-se nas águas marinhas, pois nem mesmo a suave brisa que pairava por aquelas bandas, era capaz de suavizar o forte calor que sentia.
Pediu ao mano Scoth e saiu de repente para, - dar um mergulho, dizia ele.
(Observa-se que Joefrey não sabia nadar, com muito cuidado e atenção seguia, todas as vezes que tomava um banho de praia).

Andava na praia a procura de um local menos perigoso, e observava as pessoas a divertirem-se; crianças, casais namorados, casais, moças, rapazes, ora com uma bola, peteca, raquete, de todas as formas e opções, tentavam ser felizes, a brincarem na areia da praia quando não estavam a refrescarem-se do intenso calor, que a suave brisa não conseguia proteger. Eis que de repente, a vontade de refrescar foi maior que a procura, e Joefrey entra mar adentro, não observando a ferocidade das ondas do “período de vazante”, (período no qual o mar recolhe com força as suas ondas, fazendo a água recuar grandes distâncias, “para dentro do mar”). Assim, as ondas fortes a puxarem qualquer pessoa desprovida de atenção, faz com certeza, no mínimo um grande susto. Não foi o caso de Joefrey, pois para além do susto, ele foi sugado pelo mar instantaneamente, sem notar, e estava a cerca de 200 metros adentro do mar, puxado por uma forte onda “período de vazante”.
Agora, Joefrey era apenas um ponto de desespero há duzentos metros da maré, a lutar pela vida, “pois não sabia nadar”, e segundo após segundo, cada instante importava, ele, exausto subia e descia nas pontas dos pés, da base da areia, onde sua estatura alcançava o fundo das águas. Ainda era pouco é verdade, mas se para afogar um bebe, apenas um litro de água em uma bacia é necessária, ali, Joefrey via que a água do mar, cobria sua cabeça e ainda passavam uns vinte centímentros acima de sua cabeça, espaço este, que fazia o jovem lutador, chegar perto de seu destino fatal, a vida, esvaia-se a cada segundo, e para ele, que nada temia, já era como um anúncio em manchete. Jovem morre afogado na praia do futuro, tinha dezoito anos.
Mas, lá de dentro, Joefrey lembrou de algumas coisas, mas não … não pode ser … sim, a dúvida pairava em sua mente, e como ele não tinha opções, passou à hipótese da “loucura” pensava ele. (continuar no inicio do texto, e aqui mesmo, algo mais sobre a personalidade de Joefrey)
Alguns segundos separavam o jovem de sua morte certa e fatal; mas ele não se entregou, e como só conseguia pensar, se falasse beberia água e fatalmente morreria, passou a “falar” através da mente.
Dizia; - DEUS, se existes, salva-me; mas isto é, se existires, pois eu não creio que existas. Mas se existes, salva-me.
De repente; algumas vozes eram ouvidas pelo afoito e descuidado jovem, e foram aproximando-se, até que ouviu:
-Não me agarre, - confie em nós, - já te temos em segurança, - não se desespere; falavam quatro Salva-Vidas, pois assim chamam ao profissional exímio nadador, que trabalha nas praias de Fortaleza, no estado do Ceará, procurando evitar a morte de banhistas descuidados e afoitos, nas praias da Capital do estado.
Estes quatro bombeiros nadadores sapadores, tomaram Joefrey nas suas mãos e foram tirando o jovem do mar, (é comum informarem procedimentos para vítimas desta situação), tomaram o jovem e este saíra como um Rei, pois eram quatro salvadores, dois pegaram nas coxas e dois nos ombros, saindo assim, como se fora Rei. Ao chegar em terra firme, o que não demorou, perguntaram:
- Tudo bem? – Consegues andar? – Respiras bem? – Qualquer dificuldade, aguarde. – Estamos aqui para lhe socorrer, como o fizemos.
Joefrey já refeito do susto, foi calmamente dando pequenos passos, até que longe estava dos salvadores, e via ou ouvia algo, não sabia bem ao certo, ficou a observar as pessoas à sua volta. Casais que brincavam, beijavam-se, pais e crianças que brincavam, o vento que soprava suavemente, vários sons ao mesmo tempo, mas, que não lhe impedia de ouvir algo como uma voz de trovão, “sem acreditar normalmente”, mas ouvia algo que mudaria para sempre a vida de Joefrey.
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Após ser socorrido, Joefrey caminhava em direção ao local dos seus afazeres, havia deixado ali seu irmão Scoth, que por ser infantil, nem percebera a demora de seu mano mais velho. Na direção seguida pelo mesmo, de quem olha para a direção do Caça e Pesca estando na Praia do Futuro portanto, nesta direção formaram-se algumas nuvens sugerindo assim, breve chuva passageira. Como o acinzentado muito escuro formado nestas nuvens foi muito intenso, o rapaz olhara em direção oposta, ou seja, em direção ao Mucurípe, para entender se a chuva seria intensa geral ou apenas local e passageira. Qual foi a surpresa quando notou que apenas na direção do Caça e Pesca haviam aquelas nuvens acinzentadas. Bom observador que era, aquelas nuvens o deixara pensativo: "Porque somente nesta direção tem estas nuvens?"
Tudo o que vira anteriormente, de súbito tomou de assalto sua atenção que ora pairava sobre as tais nuvens acinzentadas, tamanha era a disparidade com o "restante" do espaço celestial que naquele instante ele conseguia vislumbrar.
 forma

CONTINUA …